sábado, 12 de setembro de 2009

630.720

É o que tenho, parece muito, mas não é! Preciso dormir, tenho fome de aprender, há compromissos para serem cumpridos, há objetivos para alcançar... Estes números vão diminuindo já se foram 236.712, preciso continuar correndo, não tenho descanso, talvez não queira descanso, não posso deixar os números passarem desapercebidos e o “tic e tac” vai passando, meu descanso é estar perto das pessoas que amo, só assim os números subtraídos somam.
Parece loucura, que números são esses? Anos, meses e dias passam por eles, não são apenas números, meus cabelos vão embranquecendo, minha pele se enrugando, minha costa envergando, minha agilidade vai diminuindo, os dias ficando mais rápidos. Há um certo valor, a experiência.
Que números são esses? Não faz sentido à ampulheta vai se virando sem cessar, vai chegar um dia que ela vai parar, pensando bem... quem vai parar sou eu e não a ampulheta, sem saber como eu paro, ela não.
Os meus números vão parar, mas os números vão continuar. Antes dos meus pararem vou lutar, sei que não vou vencer esta guerra, vou deixar batalhas vencidas, muitas batalhas. Pessoas com seus números farão das minhas vitórias seqüência para as suas batalhas, e o ciclo vai acontecendo, e os números vão continuando, sem cessar.
Os números não param nunca, este lugar como vai ficar com os números correndo? Talvez melhore, não sei meus números não me deixaram ver, talvez o infinito de números de todos não vejam, talvez, talvez, talvez...
Que números são esses? O Tempo! Como dizia Cazuza: "O tempo não para..."

Um comentário:

  1. Bem interessante teu texto. Ele fala dessa nossa ansiedade "moderna" e expressa bem isso pelo modo com que escreveste. Legal.

    Um abraço.

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