sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Vagas

Hoje são vagas as lembranças do destino
Dentro das quatro linhas, não era artista
Era apenas dono de algumas artes
Quando cruzava os campos das glórias
Aplausos eram merecidos,
Vaias faziam parte desse caminho

Tudo dentro do planejado
Sabia onde os cravos pisavam
Sabia à hora de recuar, marcar e atacar
Dominava como poucos
Atalhos decifrados somente com o olhar

Eis que veio o furação
Sem dó, sem piedade, levou tudo
Arrasou o destino, os aplausos e até as vaias
Acabou-se “o dono de algumas artes”

Eis que chegou um novo dia
Com ele veio o pisar sem cravos e macio
Superado através da coragem, da renovação
Um novo aprendizado, longe das quatro linhas
Dos atalhos decifrados com olhar.

Hoje não há mais lembranças de um destino
Há espectativas de um futuro
Com tempestades, porém, sem furacões

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