domingo, 17 de maio de 2009

Um dia o paraíso.

           Acordei com uma vontade de gritar. Celular despertou, são seis e meia da manhã, ao, invés de escutar passarinhos cantando, escuto o barulho infernal dos trens vagando na minha cabeça. Faz sentido acordar com um celular? Não, nem dormi! É o inferno desta babilônia infernal. Onde não há sossego, onde não há paz.
Bom... Agora são sete horas, não tive coragem de levantar da cama ainda, simplesmente porque, estou com a cabeça trabalhando já faz trinta e oito horas, não durmo, e não me levanto. O motivo, é o medo, então, fico vagando nos meus pensamentos, nesses pensamentos vejo coisas como o tiroteio do mês passado quando perdi um irmão que estava no quarto ao lado dormindo. O garoto tinha apenas quatro anos e não sabia direito o inferno que iria passar nesta vida. Será que foi bom para ele se afastar mais cedo desta babilônia? Será que vale a pena tudo isso?
Já são oito horas, e ainda estou na cama, não tenho vontade de levantar, e com o medo fico vagando no trem dos meus pensamentos. Cada vagão tem uma história, que por sinal, poucas são azuis e muitas são vermelhas, vermelhas do sangue derramado.
Bom... Já são nove horas, então, resolvo levantar, abro a janela, e o que vejo é miséria e mais miséria, ratos brigando por comida com nossos irmãos, aliás, irmãos que se matam. Da para entender toda esta loucura? Se entender me avisa porque não estou entendendo nada.
Dez horas da manhã, resolvo colocar a cabeça para fora. De repente acordo e não sei mais às horas, acordei ouvindo passarinhos, uma calmaria enorme. Olho em volta, árvores, animais e rios. Tudo parece perfeito, olho para o lado, meu irmãozinho de quatro anos, aquele que me referi tempos atrás. Vem correndo ao meu encontro e me da um abraço inesquecível.
Pouco tempo depois, vem chegando amigos ao meu redor, todos aqueles que eu sentia saudade, pelo fato deles terem partido. Para aonde, não sabia. Olho para o céu lindo, tudo azul da cor do mar. Pessoas rindo e se alimentando de comidas saudáveis, todos ao meu redor.
Pensei! Meu Deus, que estranho isso, não estou entendendo nada. Onde estou, que faço aqui? É o paraíso? Como fiz para chegar até aqui? Perguntas e perguntas, não saem da minha cabeça. Sem entender nada... vou gostando da situação, afinal, é tudo que sempre sonhei, não quero sair daqui nunca mais. Não há vermelho neste lugar (sangue), de repente avisto um senhor com uma aparência muito forte e uma calmaria gigante, pergunto-o: _Quem é o senhor com todo este poder? Por que o senhor transmite essa paz enorme para mim? O que fiz para merecer isto?
Responde o Senhor: _Meu filho, Eu sou o Senhor dos senhores, e o que você fez para chegar até aqui? Desejou e apenas colocou a cabeça para fora de onde você estava. Eu respondo: _Mas, eu estava devendo muito, lá era meu lugar, eu merecia aquilo. Não há explicação para estar aqui. Senhor: _Meu filho! Quando você colocou a cabeça para fora com todo esse arrependimento no coração. Você pagou todas suas dívidas naquele lugar que você chamava de "babilônia". Foram-lhe cobrar a dívida e hoje você está aqui. Eram cinco seus cobradores, eles ficaram à noite toda esperando o momento certo para lhe cobrar. Foi justamente às dez horas da manhã daquela babilônia. Agora, seja feliz longe daquele lugar e dentro deste paraíso.
Fique bem... aqui você não deve nada, fique Comigo! (DEUS)


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